terça-feira, 19 de junho de 2007

Série 1

O mais pequeno dos BMW veio substituir o (muito) pouco charmoso Série 3 Compact, que na minha honesta opinião sempre pareceu uma saloon que ficou entalado entre um camião e um autocarro. O Série 1 foi construído de raíz como um hatchback desportivo, rivalizando com o Audi A3 ou o Volkswagen Golf. Foi construído como um BMW deve ser, focado para o prazer de condução.


A última vez que estive ao volante do Série 1 foi há cerca de mês e meio - um 120d. Esta versão em específico tem um motor 2.0 diesel (1995cc), que desenvolve 177cv às 4.000rpm e 350 N-m de binário disponível a partir das 2.000rpm. A acelaração dos 0 aos 100 km/h dá-se em 7.8 (longos) segundos e tem 228 km/h de velocidade máxima. Ok, não é exactamente a versão mais desportiva, mas deu a ideia do que esperar do automóvel. Este 120d também é surpreendentemente limpo e económico, com uma média de 4.4l/100km. Por fora tem um design agradável. Não é apaixonante como o Série 6 (eu gosto do desenho da traseira, digam o que disserem) mas desperta aquele sentimento bom ao vê-lo.

A melhor cor para o Série 1 é definitivamente o preto, com as jantes de liga leve V 217 de 18". Enfim... São gostos. Comparativamente não é o mais bem parecido do seu segmento - o Audi A3 Sportback tem essa honra. No interior o desenho segue o exterior. É bom, mas não é óptimo, como se esperava de um BMW. Temos bastante espaço e a posição de condução é a ideal. A versão com menos "engenhocas" é suficiente para quem gosta de um carro feito para conduzir! Só tenho um reparo a fazer: a posição do travão de mão podia ser melhor, está demasiado perto do banco. A caixa de 6 velocidades manual satisfaz o mais sporty dos condutores. A qualidade dos acabamentos é soberba. Este Série 1 é construído como todos os bons carros alemães - sólido como uma rocha! Muito melhores do que aqueles encontrados num Opel Astra ou Ford Focus.



Concluíndo: o Série 1 é uma opção válida para quem procura um exemplo de inspiração desportiva, com utilidade e economia, e está disposto a gastar mais um pouco no símbolo. Afinal é um BMW. E isso é bom, certo? JN


Imagens: BMW Portugal

Microeconomia

O novo MINI, relançado pela BMW depois de adquirir a marca, já não é novidade: MINI One para as senhoras que sempre o acharam "adorável" e que querem uma opção económica, e o MINI Cooper S para os rapazes que acham que cruzar o carro do Mr. Bean com um foguetão é boa ideia. Pois agora há outra opção: o MINI Cooper D.

Por fora é exactamente igual a qualquer exemplar da mais recente versão do pequeno inglês. O primeiro MINI a diesel tem nada mais nada menos que um 1.6 de 4 cilindros com 16 válvulas e desenvolve 110 cv às 4000 rpm. Nada mau para um carro que pesa pouco mais de uma tonelada.

Mas o ponto forte do motor a diesel são os seus 240 N-m de binário (260 em overboost) disponível logo às 2000 rpm que o seu pequeno motor desenvolve, o que parece mais que suficiente para as necessidades de um carro tão pequeno. A acelaração não é má, indo dos zero aos 100 km/h em 9.9 segundos. E tendo em conta que o consumo misto é de 4.4 lt /100 km as coisas parecem melhorar.

A caixa de 6 velocidades manual é, na minha opinião, demasiado. Tendo em conta o limite do motor uma caixa de 5 velocidades seria suficiente - mas sendo este MINI um alemão infiltrado em terras de Sua Majestade a BMW optou por primar na performance... Num MINI... Diesel.

Esperamos agora pela opção de uma caixa automática, pois este não é exactamente um desportivo. Quando estamos num MINI Cooper D queremos estilo, economia e conforto. A caixa manual adapta-se mais ao estilo de condução num Cooper S, por exemplo. Mas também há que olhar ao orçamento do comprador. Uma caixa automática iria aumentar o preço de um automóvel que só por si já é algo caro - começando nos 26.500€. Mesmo assim é (bastante) mais bonito e mais charmoso que um BMW Série 1, é mais ilustre do que um Smart Rodaster, é mais exclusivo que o agora extinto MG TF e bem melhor que qualquer proposta vinda do oriente. Por isso é uma opção válida para quem quer algo diferente, sem sair muito do conformismo. JN

Site oficial MINI: http://www.mini.pt/

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Os melhores dos melhores

Vamos apresentar no decorrer desta semana os dez melhores automóveis do mundo. Aqui vai o nosso 10º lugar.

LAMBORGHINI MURCIÉLAGO LP640


Em 2001 o mundo viu o renascer de uma marca que fez vibrar muitos rapazes durante os anos 90 , incluindo a mim próprio - e que dominava os posters pendurados nas paredes do quarto: a Lamborghini. Conhecida principalmente pelas suas máquinas "vistosas" e rápidas, foi adquirida pelo grupo VW, que por sua vez transformou o que anteriormente era apenas "fogo de vista" numa autêntica explosão!

O LP640 é a evolução do Murciélago de 2001, com o seu "humilde" V12 e tracção às quatro rodas. Apresentado em março de 2006 durante o Salão Automóvel de Genebra, o Murciélago viu o seu V12 passar de 6.2 para 6.5 litros, um aumento no binário de 10 N-m para os 660, e a potência de 580 para 633cv. E em vez de ir dos 0-100 em 3.8 segundos, agora este monstro consegue fazê-lo em 3.4 segundos!

Desde 2001 que os Lamborghini estão mudados. Tanto o Murciélago como Gallardo (que vê agora também uma actualização com a versão Superleggera) perderam algo daquela mística que os separava do Ferrari F40 ou do Testarossa. Estão ligeiramente mais bonitos... Agora todas aquelas linhas fazem sentido. E as entradas de ar do motor, em vez de tentarem imitar um F14 parado num porta-aviões, só abrem quando necessário a altas velocidades. O que faz dele um carro eficiente também. Mas não se iludam - continua a ser um espectacular automóvel, diferente de tudo o que já foi feito! JN

Top Supercharged (2)

Estamos de regresso com a melhor música para o volante!

Bring 'Em Back Alive - Audioslave

We're Not Here - Mogwai

Speed Me Towards Death - Rob Dougan

I Like The Way You Move - Bodyrockers

Don't Stop Me Now - Queen

Para a semana há mais!

segunda-feira, 4 de junho de 2007

DB9



"Motoring perfection" - Foi assim que Jeremy Clarkson o descreveu quando os rapazes do Top Gear fizeram uma corrida dos estúdios do programa até Monte Carlo. O Captain Slow e o Hamster foram de comboio e o Jeremy levou o DB9. E haverá mais alguma maneira de o descrever?







O DB9 é de facto o derradeiro Aston. Sei o que estão a pensar: "Mas o Vanquish é mais potente". Têm razão. Mas também é mais pesado, e tem problemas com a caixa de velocidades. "Mas o James Bond conduziu um!". Também têm razão, mas o Vanquish que o 007 conduziu em Die Another Day era "ligeiramente" modificado. O V12 de tracção traseira foi substituido por um V8 de tracção às quatro rodas, para reduzir o espaço ocupado pelo bloco, dando lugar a todas as engenhocas. Mas há males que vêm por bem: ao substituir o V12 por um V8 4WD foi possível colocar uma caixa manual "como deve ser" no lugar da existente no carro de fábrica, além de tornar possível controlar o carro no gelo. Mas paremos de falar do Vanquish. O derradeiro Aston é o DB9.



A caixa do DB9 funciona melhor que a do irmão mais velho porque em vez das patilhas no volante estarem ligadas a uma caixa manual como no Vanquish, estão ligadas a uma caixa automática de seis velocidades. O que embora torne a condução menos "divertida", acaba por ser uma vantagem face ao problemas da caixa do Vanquish. Embora o motor seja o mesmo V12 de 6 litros, o Vanquish tem mais 70 cv de potência. Mas se considerarmos que o DB9 é mais leve... Faz dele mais potente por tonelada que o "supercarro", embora seja um Grand Tourer.



O DB9 surgiu com o sucessor do DB7. O DB7 partilhava na altura a mesma base do Jaguar XJ, mas numa pele mais desportiva. O seu sucessor foi de tal maneira inovador face ao DB7 que lhe chamaram DB9. Agora que a Aston já não pertence à Ford veremos a estreia de um novo Aston completamente diferente dos predecessores, mas até lá o DB9 continuará a ser, na minha honesta opinião, o melhor automóvel do mundo. O Veyron pode ser mais rápido e (muito) mais caro, um Bentley Continental GT pode ser mais exclusivo e requintado, um Ferrari pode ser mais vistoso e barulhento... Mas serão melhores? A resposta é simples: não.

Olhem bem para ele. Tem as proporções certas. As linhas são impecáveis. O interior é o melhor sítio do mundo para se estar. Este carro não é apenas um espectacular feito de engenharia e uma obra de arte de design. É muito mais. É o derradeiro Aston Martin.
Deixo-vos agora um pequeno vídeo cuja banda sonora eu "editei" ligeiramente.