sábado, 16 de fevereiro de 2008

A DIFERENÇA

Quando penso em filmes os primeiros que vêm à ideia são os clássicos de James Bond como From Russia With Love ou Goldfinger, e os filmes de gangsters como O Padrinho, Scarface ou Goodfellas. Obras-primas do cinema, con óptimos actores. Depois há os filmes que gostamos por gostar, como o Exterminador ou a série Die Hard, da qual sou fã. Bruce Willis como John McLane, polícia de Nova Iorque, apanhado no sítio errado à hora errada. Há ainda aqueles filmes lamechas que por uma razão ou por outra gostamos de ver - por darem normalmente por altura do Natal - como O Amor Acontece, por exemplo. E depois há aqueles filmes que nunca deveriam ter passado do estado de ideia. Estava ontem no clube de vídeo quando vejo um tal Frankenfish. Minha gente, há uma razão pela qual isto nunca chegou aos cinemas. É um desperdício de plástico e DVDs virgens, pura e simplesmente. E a ele juntam-se memoráveis títulos como Delta Force V: Random Fire. Pergunto eu, como é que é possível chegar a tal ponto numa série de filmes em que o título terá que ter a palavra random? Só há uma coisa que é pior que estas más ideias... O Daewoo Matiz.


Como se pode classificar um carro cuja principal concorrência no mercado é o passe social? Sim eu sei, é um Chevrolet Matiz agora, mas desenganem-se aqueles que pensam que este pedaço de metal tem as mesmas raízes que os míticos Camaro ou Corvette. Tal coisa seria como se Leonardo DaVinci além das suas obras primas também pintasse vedações como trabalho extra - impensável. E como as más sequelas do cinema, agora também há o Matiz Tattoo. Como se não bastasse a horrenda engenharia, agora podemos comprá-la personalizada! Chegamos ao site da Chevrolet Portugal e somos brindados com a opção "construa o seu Matiz", quando na realidade eu o gostava de destruír usando nada mais que as minhas duas mãos, uma serra e explosivos plásticos. Ao que chegámos...


Do outro lado do espectro finalmente percebo o grande esquema das coisas. Alguns de vós provavelmente ja leram a minha opinião acerca dos Alfa Romeo: adoro-os. Cheguei à seguinte conclusão: os alemães constroem carros perfeitos em termos de engenharia e esforçam-se para os tornar bonitos. A Alfa Romeo faz carros lindos e esforça-se por torná-los fiáveis. O problema é que tanto de um lado como do outro o esforço não é suficiente. É claro que por vezes os alemães conseguem fazer as duas coisas, como no Mercedes CLS ou no BMW Série 3 Coupé novo, mas quando comparamos o Classe C ou o Série 3 berlina ao 159 até o Stevie Wonder escolheria o Alfa. JN