segunda-feira, 28 de maio de 2007

Top Supercharged

TOP 5 SUPERCHARGED

Vamos aqui apresentar semanalmente cinco músicas ideais para ouvir ao volante. Esta semana começamos com:

"Show Me How To Live" - Audioslave

O tom certo para viagens longas. Dá-nos a sensação de estarmos num Shelby GT500 nas intermináveis estradas americanas, quando na realidade estamos num Clio presos no tabuleiro da 25 de Abril. A prova que as boas músicas para se ouvir ao volante não foram todas feitas há vinte anos atrás.

"Red Light Spells Danger" - Billy Ocean

Talvez como influência de a termos ouvido no especial Top Gear of the Pops, tocada pelos rapazes do Top Gear e cantada pelo Justin Hawkes, ex-vocalista dos The Darkness... Mas a original é a melhor companhia ao volante.

"Live and Let Die" - Guns n' Roses

Uma versão mais pesada do tema de um filme de James Bond? Interpretada pelos Guns? I rest my case.

"Sultans of Swing" - Dire Straights

O ritmo faz lembrar um som de um comboio em viagem, é constante. Uma companhia indespensável.

"Black Betty" - Ram Jam

Porque quando a ouvimos pensamos num Chevy Camaro de 1967 preto, e o som de um V8 como música de fundo, numa boulevard junto à praia.

sábado, 26 de maio de 2007

A definição de velocidade





Velocidade:

do Lat. velocitate
s. f.,
qualidade de
veloz;
distância percorrida na unidade de tempo;
celeridade;
presteza;

Veyron.





É difícil encontrar palavras ou expressões para o descrever. O carro de produção mais veloz do mundo. Bugatti Veyron.

Motor W16 de 8.0 litros com quatro turbocompressores com quatro filas de quatro cilindros cada. 1001 cavalos de potência. Velocidade máxima registada de 407.5 km/h. Acelaração dos 0 aos 100 em 2.5 segundos. Tracção às quatro rodas. Caixa manual sequêncial de 7 velocidades com embraiagem dupla. 1890 kg de peso e uma relação peso/potência de 529cv por tonelada. Binário máximo de 1250 N-m.

Quase impossível de conceber.

O enorme motor gera uma grande quantidade de calor (como é possível de imaginar). Por isso, e citando James May, "é por isso que o seu carro tem um radiador, e este carro tem dez".



Mutante Auto




Aposto que quase todos já vimos pelomenos uma geração do Golf, talvez até mais. Muitos de nós até já o conduzimos, e gostámos. Como todos os carros alemães é sólido, fiável e confortável. Serviu até de base para o anterior Audi TT. Gostamos do Golf. Estão a ver tudo o que sabem sobre o Golf? – Esqueçam.





Este é o Golf GTI W12. Sim, W12. Não, não me enganei, W12. Não estão a ver? Ok. Imaginem um V6. Potente, desportivo, e… Potente. Agora metam dois V6 lado a lado. O resultado? - ISTO!





Este pequeno monstro tem nada mais nada menos que o W12 de 6.0 litros do topo de gama Phaeton, e como se não bastasse, ainda lhe juntaram dois turbocompressores, montado a meio do quadro. Tudo isto a desenvolver uns tremendos 750nm de binário e 650 cavalos de potência às 6.000 rotações. 650!!!
Velocidade máxima de 325 km/h e uma acelaração dos 0 aos 100 em 3.7 segundos! É de doidos!
-
Mas...
Por tudo isto há um preço a pagar. Com um ar daqueles um concurso de beleza não ganha de certeza. E depois vem a questão óbvia: porquê?

Sim. Porquê por 650cv num Golf? Apesar da sua altura ao solo ser a mesma que o comprimento médio de uma unha do dedo grande do pé e que o motor esteja montado a meio, à lá superdesportivo, ele não o é. E pensando bem, o carro é pequeno demais para ser eficiente contra um supercarro de puro sangue. Digam o que disserem, este era um pequeno familiar que foi genéticamente alterado. Um superdesportivo é construído à volta do motor, não é moldado à vontade do fabricante. É desenhado a pensar no condutor.

Porquê? - Porque alguém pensou "sabem o que era mesmo engraçado? Era pegar no carro da minha sogra e meter-lhe o motor do carro do meu patrão! A velha vai aprender que comigo não brinca!"

De qualquer modo o que interessa é que o mais certo é não vermos um carro destes nas estradas portuguesas. Vai apenas servir de inspiração para rapazes com bonés de lado montarem placas de fibra de vidro mal moldadas nos seus Golf Mk. IV 1.4 L como se fossem entradas de ar laterais para um motor que (só por acaso) fica na frente do carro. Ficará a queimar borracha nos sonhos de miúdos que pensam que TD é melhor que DB.

Veredicto final: 6.5 em 10

Uma ideia de quem gosta de fazer com que as coisas aconteçam, mas sem pensar nas consequências.